Maria João Luís: "A possibilidade de errar dá-me cada vez mais prazer"
Maria João Luís não fica nervosa antes das estreias. "Eu sou hiperativa, faço muitas coisas ao mesmo tempo, então, há sempre uma ansiedade em mim. É mais isso, não é nervos." Ainda em janeiro apresentou, ao lado de Rita Blanco, o espetáculo Na Solidão dos Campos de Algodão, de Bernard-Marie Koltès, um dos projetos mais arriscados em que se meteu, segundo diz. No mês passado, estreou mais uma encenação sua, A Menina do Mar, no Teatro da Terra, em Ponte de Sor. Está neste momento a gravar uma telenovela para a SIC e, no final da semana, vai ser Alexandra del Lago em Doce Pássaro da Juventude, de Tennessee Williams, com os Artistas Unidos.
Como consegue fazer tanta coisa ao mesmo tempo? Maria João ri-se. "Não sei, funciono assim. Não me custa fazer novela e teatro ao mesmo tempo. São registos muito diferentes, mas para mim seria redutor estar a fazer só uma coisa. Preciso ter o foco em várias coisas para poder respirar melhor em todas elas. Se penso muito só numa coisa fico muito consciente e isso reduz-me enquanto artista, não me deixa avançar."